As supremacias.
E o amauta então vê o mundo. E a tudo que enxerga nele, dá o mesmo nome.
Supremacias. Tudo ao redor é supremacia.
Do concreto, dos ruídose da arrogância.
Supremacia de abismos, não daqueles que nos fazem entender as montanhas, mas abismos que fazem supremacia ser arma perversa.
Supremacia da maldade humana, do mandar e do desmandar.
É esse o mundo que o amauta vê.
Nem sempre é ruim assim, não é só supremacia de insanidades.
Quando o amauta está só, ensimesmado, ele vê saudade,
a supremacia que toma todo o universo do amauta
Em seu coração-rio, a única supremacia é Açucena.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Teogonia
Antes, o todo era a noite. Apenas a noite.
Da união dela com a neblina, fez-se a aurora. E a aurora traz consigo o orvalho, sumos do céu que a noite faz deitar pelos prados do mundo.
Ah, doce mundo feito pelo Amauta! Na sua visão, não há maior expressão dessa fecundidade que na chuva. É nela que ele lava toda sua saudade; é onde a água cai nas palavras como deita o orvalho.
O poeta ama a chuva, porque sabe que dela nasce o rio, mesmo que o céu seja degredo e agonia. É da união do rio com as campinas que nasce Açucena.
Açucena é flor do rio, aurora da noite sem fim
Da união dela com a neblina, fez-se a aurora. E a aurora traz consigo o orvalho, sumos do céu que a noite faz deitar pelos prados do mundo.
Ah, doce mundo feito pelo Amauta! Na sua visão, não há maior expressão dessa fecundidade que na chuva. É nela que ele lava toda sua saudade; é onde a água cai nas palavras como deita o orvalho.
O poeta ama a chuva, porque sabe que dela nasce o rio, mesmo que o céu seja degredo e agonia. É da união do rio com as campinas que nasce Açucena.
Açucena é flor do rio, aurora da noite sem fim
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