quarta-feira, 11 de junho de 2008

Por que educar é um ato de amor II

Foram tantos em minha vida. Alguns deixam vagas lembranças. Outros, marcas indeléveis de sentimentos e ensinamentos. Me entristece não poder agradecer pessoalmente a todos.
Das mais doces lembranças, como me esquecer da professora da segunda série do primário? A "tia" Ana Paula, morena bela, de olhos verdes, tão atenciosa. Foi a minha primeira paixão. Minha primeira carta de amor escrevi para ela. Primeiro dia dos namorados da minha vida, e eu rasgo a primeira carta de amor que escrevi. Até hoje sinto raiva de motoqueiros quando lembro do namorado dela. Levou flores. Eram rosas. Ainda desconfio de rosas...
Dos meus professores de música, que ensinaram a sentir o mundo com os ouvidos. Hoje sinto a vida como numa sinfonia. Foi com eles que aprendi a forjar o meu desejo de fazer também parte do universo.
Dos professores, que não cabem na nossa vida só como professores: são chefes, amigos, sócios. Há anos, dia após dia, ensinam o que é ser verdadeiramente competente e diligente, a dar sempre o melhor de si, a estudar e estudar e estudar, sem que nisso implique deixar um amigo de lado.
E como é bom ter a quem nos ensine amizade constantemente.
Impossível esquecer daqueles professores que abrem nossas mentes, dilatam nossos mundos. Esses foram tantos que seria injusto dar a eles um nome que não fosse "Todos Vocês".
Uma vida seria pouco, um idioma insuficiente, para dizer do mundo que eles fizeram em mim.

Agora, como e o que dizer ao professor que fez-me abrir os olhos aos olhos de uma mulher?

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