Tudo começou quando num dia de outono isso saiu num café, num intervalo de aula...
Criei, do caos quotidiano
meu próprio oceano.
Diante da simetria pedante
desse fosco prédio
consegui a façanha
de aniquilar o tédio
com um simples
pensamento não-linear,
nas curvas sinuosas
do teu sorriso.
Mas nas correntezas do oceano
Risivelmente efêmero, esvaiu-se
na mesma não-linear curva
da fumaça de um cigarro,
que nos deixa a visão turva
e afoga o sorriso num escarro!
Levando a obra do pensamento
embora, com o vento,
na imensidão do firmamento.
Senti-me pedido, abatido,
devido à tristeza do momento.
Mas num ato de bravura,
uma atitude nobre e sensata
que eternizei teu sorriso
num filme de nitrato de prata!
E, naquela linear gravura
de papel colorido e brilhante,
trancafiei e eternizei o momento
e o tempo, deixando-o encarcerado
nas fortalezas, não-curvas e lineares
de um simétrico porta-retrato!
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
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