sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Depois da chuva

A saudade que tinha dela era tanta que ele decidiu ir atrás da chuva.

Como aqueles homens de antigamente, que iam para o oeste atrás de tesouros, lá foi ele, para o oeste, atrás daquilo que valia mais a ele que todo ouro do mundo: as ternas gotas da chuva que caía quando pensava nela.

Foi montado no vento, até os jardins com a terra cor-de-figo. Jardim como esse só poderia ter um nome doce de mulher.

E é nesse jardim que vive o mundo depois da chuva. Ele jamais conhecera esse mundo. Como poderia imaginar que depois da chuva nem a saudade caberia mais nas palavras. Saudade, depois da chuva, vira ternura.

E ele também descobriu que a ternura mora na eternidade.

Será que ela percebeu que deixou de caber nas palavras dele e passou a habitar toda sua eternidade?

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