terça-feira, 17 de março de 2009

Augúrios de liberdade

Na madrugada sua fúria, foi uma acusação espúria. Tua voz, outrora candor; agora, pura injúria!

Seu não-sei-o-quê, um saber que sei sem saber, fruto da sua própria Contradição Original.

Minhas palavras, agora ocas, desalento, mal estar, ressoando no silêncio em ecos do vazio dos abismos que fez nascer em mim.

Não arranque de mim significações, a sua contemplação de imagens toscas e impuras... e não julgue sonhos, nem pessoas. Não tem tanta divindade assim para julgar. E eu, nenhuma pra perdoar.

Mas alguém passa na minha frente. Uma moça, comendo chocolate. Esqueço os abismos, paro de escrever, não mais penso, nem sonho. Só há o impasse de desejo e luxúria, impasse de não ser chocolate, de não estar entre dedos e lábios.

Percebi que existe doçura em qualquer canto, até msemo fora dos teus abismos!

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