quinta-feira, 28 de maio de 2009

Teogonia XV

De quando Amauta aprendeu novas formas de semear Açucenas.

Eu não sabia que você estava lá. Cheguei apressado, esbaforido, queria logo ver tua mãe, que tanta saudade deixa. Não foi preciso ninguém falar de ti, e, tudo meio sem querer, como a vida gosta de ser, eu te conheci, pequenina.

E bastou. Você ainda não veio ao mundo, pequeno anjinho, mas já soube me calar! E todos pensaram que alguma coisa me fazia triste. Será que eu fiz cara de quem queria chorar? Por que essa era minha vontade, mas me segurei. E olha, não foi fácil não. Tenho um fraco quanto às coisas pequenas. Gente miúda então, não deixa os olhos esconderem nada!

Talvez demore muito tempo para um reencontro nosso. Você não vai se lembrar desse primeiro, que eu nunca vou me esquecer. Provável que eu não veja quando da tua visão primeva perceber que, dentre os filhos de Baldur, aí no topo do mundo, você teve a dádiva de ser filho da rainha das cores, dos candores.

Fez saber que ainda se pode amar de forma instantânea, incondicional. Agora me diz: como foi que você me comoveu tanto assim?

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